Friday, August 27, 2010

A CRISE

Por certo inúmeras pessoas têm soluções para se acabar com a crise em Portugal e eu sou uma delas. Nem foi preciso muita imaginação ou esforço intelectual, bastou pensar em “O Rato Que Ruge”, de Leonard Wibberley. Um livro que se lê e relê logo em seguida, tal é a delícia que proporciona. A pensar nos que não sabem ler ou não gostam, a Colombia TriStar fez um filme que é um assombro (com Peter Sellers, Jean Seberg, etc.) que as pessoas, mesmo alguns políticos, compreendem.
A história é simples: O Grão-Ducado de Fenwick, estando a perder na exportação de vinho, declara guerra ao seu principal concorrente, os Estados Unidos da América do Norte. A Duquesa e o PM encontram, neste plano, a genial solução para os seus problemas, na condição do Grão-Ducado perder. Mas o Grão-Ducado ganhou!
Mas este esquema não é inédito nos dias actuais: o Irão e a Coreia do Norte estão prestes a segui-lo.
Encontrada a solução, há que escolher o país a quem Portugal declara guerra. (Aceitam-se sugestões, mas poucas). A Áustria vem à cabeça pois tem o mais baixo índice de desemprego da União Europeia. É de pensar. O seu poder bélico é tão mau como o nosso, se bem que já tenhamos um submarino, ou seja, o submarino, e cerca de 200 tanques com defeito feitos pela Steyer. Enfim… até gostamos um pouco deles por nos terem dado Schubert, Richard Strauss, Johan Strauss e o festival de Salzburgo.
Outra hipótese é declarar guerra, ajustando contas antigas, à Inglaterra. Eles ficavam encantados por possuírem todo o vinho do Porto (agora só têm 95%) e, já que em devido tempo não lhes demos Moçambique, como o desejavam desesperadamente e com gana (como pão para a boca), agora vingávamo-nos e oferecíamos-lhes o Arquipélago da Madeira (com o sr. A. João Jardim incluído, não negociável).
Mas o melhor mesmo é seguir o guião do Gão-Ducado: declarar guerra aos EE.UU. E, quando o Pentágono mandasse os aviões, imediatamente nos rendíamos ficando como prisioneiros de guerra, situação que os obrigava, pela Convenção de Genebra, a dar-nos comida, tratamentos médicos, roupas e, evidentemente, pocket money. Como prisioneiros as dívidas podiam assobiar-nos às botas. As criancinhas que já estão a estudar o idioma na Instrução Primária ficavam todas contentes, passando o Português, com uma gramática horrível, para segunda língua e o abaixamento de custo das pastilhas elásticas proporcionaria muita alegria aos treinadores de futebol. Os Portugueses, neste momento só unidos pelo Braga, passavam a unir-se também pela libertação do ocupante, coisa que bem tratada, com calma e inteligência, poderia demorar 200 anos. Um regabofe durante duzentos anos – melhor que quando o ouro e a prata vinham à fartazana de Minas Gerais.
Eu sei que estão a perguntar “por que não à Espanha?”. Pela simples razão de que esta Monarquia não nos ligaria nenhuma. Olhava para o lado e assobiava, como os Romanos quando vêem o Obelix e o Asterix. Só fizeram o erro uma vez e logo outro acrescentaram (que nem parece deles), de não deslocar a capital da Península Ibérica para Lisboa, pelos menos durante uns 100 anos.
Bem. Este fimdesemana não contem comigo pois vou ao Alfeite ver o submarino.
(Abaixo o hífen! Abaixo!!!!)

3 comments:

Anonymous said...

Sem comentários!!!
Vou pôr no Facebook!!
Bjs

vera belo marques said...

Não era Anónimo.....cum raio!

Anonymous said...

Olá, amigo, você pode me ajudar?

Será que eu encontro o livro "O Rato Que Ruge" em português? Gostaria muito de lê-lo.

Obrigado,
Marcelo