Friday, July 06, 2007

FOME

Do Diário da Zambézia (quelimane), de 6 de Julho:

No Centro de Reassentamento de Namirrere
Barrigas estão vazias
 Único recurso das populações, são plantas aquáticas que servem
de alimentação
(Mopeia) – No Centro de Reassentamento de Namirrere em Mopeia, sul da
Zambézia, a situação já se torna gritante para a população reassentada. Mais
de duas mil pessoas carecem de alimentação. Não se come há bastante tempo.
Informações em poder do DZ, dão conta de que, as populações
reassentadas naquele centro aberto pós cheias que assolaram a zona centro do
país, estão na eminência de morte, se medidas urgentes não forem tomadas.
Como recurso a vida, as populações comem plantas aquáticas, sem prévio
exame das autoridades de saúde.
As mesmas informações indicam que para além de plantas aquáticas, as
populações já começam a ressentir o pesadelo da vida, em alguns casos
segundo o que soubemos, já se pretende voltar as zonas de origem, as tais
consideradas de risco. A alimentação naquele centro de reassentamento, virou
uma agulha no palheiro. Dias há em que crianças não conhecem nem uma
refeição por dia, procura-se toda maneira de viver, mas não se encontra. Vezes
há, em que as populações já se deslocaram para outras partes do distrito a
procura de algo para satisfazer as suas barrigas, mas também por vezes sem
sucesso. Quando conseguem a mesma alimentação não dura muito tempo,
porque há espírito de partilha de alimentação no seio das famílias.
Barrigas estão mesmo vazias em Namirrere, não há comida, mesmo que as
autoridades ligadas ao processo de distribuição de alimentação venham dar
números de toneladas que possivelmente estejam a distribuir, mas no terreno,
as populações estão carentes de comida. (Redacção)...................................DZ
Se sobrar alguma comida dos banquetes da cimeira da
UE, poderia mandar-se para Namirrere qualquer coisita.

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